domingo, 24 de outubro de 2010

Ausência




Depois de certa ausência, volto, com novidades, umas boas, outras ruins, estas, necessárias.
Tenho trabalhado bastante, o ritmo de atendimentos aos meus pacientes, e o número deles têm aumentado, e, felizmente, profissionalmente, ando bem das pernas...rsrsrsr (veja, consigo até rir!)
Espiritualmente, encontro-me em Paz. Sereno, tranquilo.
Amorosamante, nas nuvens... Conheci um cara que é espetacularmente encantador, além de depressivo.(aff) Nos damos bem, em vários sentidos. Acho que a diferença maior é nossa altura. Estamos felizes um com o outro.
Contudo,como a perfeição é inexistente, familiarmente não estou muito bem. Meu pai, finalmente, abriu os olhos para minha homoafetividade. Imagino o quanto isso deve ser duro,pesado, e impensável, pra ele.
Um militar, linha dura,machista, metido a gostosão, ao macho do mundo, de repente, se certifica que tem um filho gay, e o que pra ele parece ser o pior, esse filho é o único que ele tem. E agora, onde pautar seus sonhos de um filho hetero, pegador, safado,"macho", que nem ele?
Ontem tivemos uma grande discussão. Ele bebeu ( pra tomar corgem), e tentou me agredir com palavras,tentando me diminuir.
Saí de casa. Hoje, voltei, pra conversar, tentar mostrar pra ele que minha condiçao sexual não me torna melhor nem pior que ninguém. Que ser macho é bem diferente de ser homem. Sou Homem e isso me faz assumir a homoafetividade como Homem que sou. Tenho ombridade, tenho bom caráter, tenho brio.
Homem que gosta de Homem.
Homem, apenas Homem.

Um comentário:

Kurama Yoko disse...

Olá, te felicito pela coragem de assumir quem verdadeiramente é, nem todos(as) tem a coragem de sair do armário infelizmente.

Meu pai assim como o resto da minha família são homofóbicos de carteirinha, eu ainda não me defini sexualmente, é uma longa história, mas caso eu seja gay, talvez eu não tenha a coragem que voce teve para assumir, porque ainda dependo deles.

Mas eu te felicito por ter encontrado alguem, nos dias de hoje ficar sozinho é meio complicado, a não ser que essa pessoa se sinta bem.

Um abraço!